Livro de João

Livro de João

Paz amados!

Chegamos ao LIVRO DE JOÃO  e separei algumas coisas interessantes do dicionário bíblico do app MySword Bible, para que nossa leitura seja ainda melhor

Considerações Preliminares
O Evangelho segundo João é ímpar entre os quatro Evangelhos. Relata muitos fatos do ministério de Jesus na Judéia e em Jerusalém que não se acham nos Sinóticos, e revela mais a fundo o mistério da sua pessoa. O autor identifica-se indiretamente como o discípulo “a quem Jesus amava” (13.23; 19.26; 20.2; 21.7, 20). O testemunho dos primórdios do cristianismo, bem como a evidência interna deste Evangelho, evidenciam João, o filho de Zebedeu, como o autor. João foi um dos doze apóstolos originais de Cristo, e também um dos três mais chegados a Ele (Pedro, Tiago e João).
Segundo testemunhos muito antigos, os presbíteros da igreja da Ásia Menor pediram ao venerável ancião e apóstolo João, residente em Éfeso, que escrevesse este “Evangelho espiritual” para contestar e refutar uma perigosa heresia concernente à natureza, pessoa e deidade de Jesus, propagada por um certo judeu de nome Cerinto. O Evangelho segundo João continua sendo para a igreja uma grandiosa exposição teológica da “Verdade”, como a temos personalizada em Jesus Cristo.

Propósito
João deixa claro o propósito do seu Evangelho, em João 20.31, a saber: “para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”. Alguns manuscritos gregos deste Evangelho apresentam, nesta passagem, formas verbais distintas para “crer”. Uns contêm o aoristo subjuntivo (“para que comecem a crer”); outros contêm o presente do subjuntivo (“para que continuem crendo”). No primeiro caso, João teria escrito para convencer os incrédulos a crer em Jesus Cristo e serem salvos. No segundo caso, João teria escrito para consolidar os fundamentos da fé de modo que os crentes continuassem firmes, apesar dos falsos ensinos de então, e assim terem plena comunhão com o Pai e o Filho (cf. João 17.3). Estes dois propósitos são vistos no Evangelho segundo João. Contudo, o peso do Evangelho no seu todo favorece o segundo caso como sendo o propósito predominante.

Visão Panorâmica
O quarto Evangelho apresenta evidências cuidadosamente selecionadas no sentido de Jesus ser o Messias de Israel e o Filho encarnado (não adotado) de Deus. As evidências comprobatórias incluem: (1) sete sinais (João 2.1-11; 4.46-54; 5.2-18; 6.1-15; 6.16-21; 9.1-41; 11.1-46 (refs7)) e sete sermões (João 3.1-21; 4.4-42; 5.19-47; 6.22-59; 7.37-44; 8.12-30; 10.1-21 (refs7)), pelos quais Jesus revelou claramente sua verdadeira identidade; (2) sete declarações “Eu sou” (João 6.35; 8.12; 10.7; 10.11; 11.25; 14.6; 15.1 (refs7)) mediante as quais Jesus revelou figuradamente aquilo que Ele é como redentor da raça humana; e (3) a ressurreição corpórea de Jesus como o sinal supremo e a prova máxima de que Ele é o “Cristo, o Filho de Deus” (20.31).

João contém duas divisões principais. (1) Os caps. 1—12 tratam da encarnação e do ministério público de Jesus. Apesar dos sete sinais convincentes de Jesus, dos seus sete grandiosos sermões e das suas sete majestosas declarações “Eu sou”, os judeus o rejeitaram como seu Messias. (2) Uma vez rejeitado pelo Israel do antigo pacto, Jesus passou (13–21) a considerar seus discípulos como o núcleo do novo concerto (i.e., a igreja que Ele fundou). Estes capítulos incluem a última ceia de Jesus (13), seus últimos sermões (14–16) e sua oração final com seus discípulos (17). O novo concerto se iniciou e se estabeleceu pela sua morte (18,19) e ressurreição (20,21).

Características Especiais
Oito características ou ênfases principais destacam o Evangelho segundo João. (1) Jesus como “o Filho de Deus”. Do prólogo do Evangelho, com sua sublime declaração: “vimos a sua glória” (1.14), até à sua conclusão na confissão de Tomé: “Senhor meu, e Deus meu!” (20.28), Jesus é Deus, o Filho encarnado. (2) A palavra “crer” ocorre 98 vezes, equivalente a receber a Cristo (1.12). Ao mesmo tempo, esse “crer” requer do crente uma total dedicação a Ele, e não apenas uma atitude mental. (3) “Vida eterna” em João é um conceito-chave, referindo-se não tanto a uma existência sem fim, mas à nova qualidade de vida que provém da nossa união com Cristo, a qual resulta tanto na libertação da escravidão do pecado e dos demônios, como em nosso crescimento contínuo no conhecimento de Deus e na comunhão com Ele. (4) Encontro de pessoas com Jesus. Temos neste Evangelho 27 desses encontros individuais assinalados. (5) O ministério do Espírito Santo, pelo qual Ele capacita o crente, comunicando-lhe continuamente a vida e o poder de Jesus após sua morte e ressurreição. (6) A “verdade”. Jesus é a verdade; o Espírito Santo é o Espírito da verdade, e a Palavra de Deus é a verdade. A verdade liberta (8.32); purifica (15.3). Ela é a antítese da natureza e atividade de Satanás (8.44-47, 51). (7) A importância do número sete neste Evangelho: sete sinais, sete sermões e sete declarações “Eu sou” dão testemunho de quem Jesus é (cf. a proeminência do número “sete” no livro de Apocalipse, do mesmo autor). (8) O emprego doutras palavras de destaque como: “luz”, “palavra”, “carne”, “amor”, “testemunho”, “conhecer”, “trevas” e “mundo”.

Boa leitura!
Pr Nemias Silva

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