Livro de Romanos

Livro de Romanos

Paz amados!

Chegamos ao LIVRO DE ROMANOS e separei algumas coisas interessantes do dicionário bíblico do app MySword Bible, para que nossa leitura seja ainda melhor.

Considerações Preliminares
Romanos é a epístola de Paulo mais longa, mais teológica e mais influente. Talvez por essas razões foi colocada em primeiro lugar entre as do apóstolo. De modo contrário à tradição católica romana, a igreja de Roma não foi fundada por Pedro, nem por qualquer outro apóstolo. Ela talvez foi iniciada por convertidos de Paulo provenientes da Macedônia e da Ásia, bem como pelos judeus e prosélitos convertidos no dia de Pentecoste (At 2:10). Paulo não tinha Roma como campo específico de outro apóstolo (15.20).

Em Romanos, Paulo afirma que muitas vezes planejou ir até Roma para ali pregar o evangelho, mas que, até então fora impedido (Rm 1:13-15; 15.22 (refs2)). Reafirma seu desejo de ir até eles (15.23-32).

Paulo, ao escrever esta epístola, perto do fim da sua terceira viagem missionária (cf. Rm 15:25,26; At 20:2,3; 1 Co 16:5,6 (refs6)), estava em Corinto como hóspede na casa de Gaio (16.23; 1 Co 1:14). Enquanto escrevia Romanos através do seu auxiliar Tércio (16.22), planejava voltar a Jerusalém para o dia de Pentecoste (At 20:16; provavelmente na primavera de 57 ou 58 d.C.) e entregar pessoalmente uma oferta de socorro das igrejas gentias aos crentes pobres de Jerusalém (15.25-27). Logo a seguir, Paulo esperava partir para a Espanha levando-lhe o evangelho, visitar de passagem a igreja de Roma e receber ajuda dos crentes ali para prosseguir em sua caminhada para o oeste (15.24, 28).


Propósito
Paulo escreveu esta carta a fim de preparar o caminho para a obra que ele esperava realizar em Roma e na sua missão prevista para a Espanha. (1) Seu propósito era duplo.

Segundo parece, os romanos tinham ouvido boatos falsos a respeito da mensagem e da teologia de Paulo (e.g., Rm 3:8; 6.1,2, 15 (refs4)); daí ele achar necessário registrar por escrito o evangelho que já pregava há vinte e cinco anos. (2) Queria corrigir certos problemas da igreja, causados por atitudes erradas dos judeus para com os gentios (e.g., 2.1-29; 3.1, 9), e dos gentios para com os judeus (e.g., Rm 11:11-32).


Visão Panorâmica
O tema de Romanos está em Rm 1:16,17 (refs2), a saber: que no Senhor Jesus a justiça de Deus é revelada como a solução à sua justa ira contra o pecado. A seguir, Paulo expõe as verdades fundamentais do evangelho. Primeiro, destaca o fato de que o problema do pecado e a necessidade humana da justificação são universais (Rm 1:18—3.20). Posto que tanto os judeus quanto os gentios estão sujeitos ao pecado e, portanto, sob a ira de Deus, ninguém pode ser justificado diante dEle à parte do dom da justiça (3.24) mediante a fé em Jesus Cristo (Rm 3:21—4.25).

Sendo justificado generosamente pela graça de Deus, e tendo recebido a certeza da salvação (Rm 5), o crente demonstra que recebeu o dom divino da justificação, ao morrer com Cristo para o pecado (cap. 6); é liberto da luta com a justiça da lei (Rm 7), e é adotado como filho de Deus, recebendo nova vida segundo o Espírito, o que o conduz à glorificação (8.18-30). Deus está levando a efeito o seu plano da redenção, a despeito da incredulidade de Israel (9–11).

Finalmente, Paulo declara que uma vida transformada em Cristo resulta na prática da retidão e do amor em todos os aspectos da vida social, civil e moral da pessoa (12–14). Paulo termina Romanos expondo seus planos pessoais (cap. 15), uma longa lista de saudações pessoais, uma última admoestação e uma doxologia (cap. 16).


Características Especiais
Sete destaques principais caracterizam Romanos. (1) Romanos é a mais sistemática epístola de Paulo; a epístola teológica por excelência do NT. (2) Paulo escreve num estilo de pergunta-e-resposta, ou de diálogo (e.g., Rm 3:1, 4-6, 9, 31 (refs4)). (3) Paulo usa amplamente o AT como a autoridade bíblica na apresentação da verdadeira natureza do evangelho. (4) Paulo apresenta “a justiça de Deus” como a revelação fundamental do evangelho (Rm 1:16,17 (refs2)); Deus restaura e ordena a situação do homem em Jesus Cristo e através dEle. (5) Paulo focaliza a natureza dupla do pecado, bem como a provisão de Deus em Cristo para cada aspecto: (a) o pecado como uma transgressão pessoal (Rm 1:1—5.11) e o pecado como um princípio ou lei (gr. he hamartia), i.e., a tendência natural e inerente para pecar, existente no coração de toda pessoa, desde a queda de Adão (5.12—8.39). (6) O capítulo 8 é o mais longo da Bíblia sobre a obra do Espírito Santo na vida do crente. (7) Romanos contém o estudo mais profundo da Bíblia sobre a rejeição de Cristo pelos judeus

(excetuando-se um remanescente), bem como sobre o plano divino-redentor para todos, alcançando por fim Israel (9–11).

Boa leitura!
Pr Nemias Silva

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *